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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Orquestra

Orquestra vem do grego e significa “lugar para dançar”, isso porque na Grécia (Idade Média) orquestra era o palco principal aonde se cantava, dança e representava. A orquestra também foi usada para indicar o espaço entre o palco e o público ocupado pelos instrumentistas e depois orquestra passou a designar o próprio grupo de músicos. O que hoje chamamos de orquestra era chamado de consorts.
A ordem dos naipes de uma orquestra é: regente-cordas-madeiras-metais-percussão
O naipe das cordas é como se fosse o coração da orquestra, isso porque mais da metade dos executantes são instrumentistas de cordas.
Fazem parte das cordas: primeiros violinos, segundos violinos, violas, violoncelos, contrabaixos e harpa.

O naipe das madeiras é formado por: flautas, flautim, oboés, corne inglês, clarinetas, clarineta baixo, fagotes e contrafagotes.
Os metais ficam atrás das madeiras para não abafar o som dos metais e das cordas. Os metais são formados por: trompas, trombones, trompetes e tuba.
Fazem parte da percussão: tímpanos, bombo, caixa clara, pratos, triângulos, pandeiros, glockenspiel, xilofone, celesta, carrilhão, castanholas, bloco de madeiras, tantã ou gongo, chicote e maracas.
Cordas

Violino: instrumento de corda não temperado. As quatro cordas do violino são afinadas em intervalos de quinta (sol, ré, lá, mi).
Algumas técnicas utilizadas mo violino são: legato, martellato, saltando, com sordino, pizzicato, tremolo, sul ponticello, col legno (com a madeira).
A escrita do violino é na clave de sol.
Em italiano se chama violino, em francês violon e no alemão violine ou gêiser.
Viola: sua diferença para o violino é de um sétimo de comprimento e um pouco mais de peso. Sua afinação é uma quinta abaixo da do violino. E sua escrita é na clave de dó na terceira linha.

Em italiano se chama viola, em francês é alto ou viole e no alemão é bratsche.
Violoncelo: é também chamado de cello e suas cordas são afinadas em quintas, soam uma oitava abaixo da viola. Sua extensão é de quase quatro oitavas, as notas mais graves são escritas na clave de fá na quarta linha e as notas mais agudas, na clave de dó na quarta linha até a clave de sol.
Em italiano se chama violoncello, em francês é violoncelle e no alemão é violoncell.
Contrabaixo: também é chamado de baixo e sua afinação é em quartas e os sons escritos são de uma oitava acima dos sons reais (que soam uma oitava abaixo).
Em italiano se chama contrabasso ou violone, em francês é contrabasse e no alemão kontrabass.

Harpa: a harpa moderna possui 47 cordas dispostas por tamanho. O que auxilia o harpista a localizar as cordas é o fato de todas as cordas dó tem a cor vermelha e as de fá são azuis.

No pé esquerdo estão as notas si, dó, ré e no direito as cordas mi, fá, sol e lá.
Cada pedal permiti três posições para variar o som.
Em italiano se chama arpe, no francês harpe e no alemão harfe.
Flauta: instrumento de sopro sem palheta, suas notas são escritas na clave de sol. A flauta pode ser transversa ou doce (vertical). A flauta transversa possuía menos chaves a atual e só entrou para a orquestra em meados do século XVII e no século XVIII já era “febre” nos instrumentos de época.
Um dos efeitos usados é o chamado frulato ou flutter-sound ou ainda flatterzunge, isso significa articular a letra r enquanto sopra.
Em italiano se chama flauto, em francês é flûte e no alemão é flöte.
Flautim: é também conhecido como piccolo (pequeno), seu comprimento é a metade da flauta. A mesma técnica aplicada na flauta é também no flautim. O flautim soa uma oitava acima da flauta e na escrita é representado uma oitava abaixo.
Na orquestra o flautim é tocado pelo segundo ou terceiro flautista quando há indicação na partitura.

Em italiano é flauto piccolo ou somente piccolo, no francês se chama petite flûte e no alemão é kleine flöte.
Numa orquestra pode-se encontrar flautim, flauta, flauta contralto ou de sol e flauta baixo, ou seja, as quatro vozes.
Oboé: instrumento de sopro de palheta dupla, fazendo o oboísta produzir um som anasalado em relação à flauta. É o instrumento de sopro de menor extensão de notas, mas com grande variedade de timbres e estilos de tocar. Sua escrita é na clave de sol.

Em italiano se chama oboe, no francês hautbois e no alemão se chama hoboe.
Corne Inglês: é como se fosse um oboé de maior comprimento, ou seja, um oboé contralto. O som real soa uma quinta abaixo do som escrito na partitura e são conhecidos como instrumentos transpositores. O mesmo dedilhado deste instrumento é aplicado ao oboé, logo, todo oboísta é capaz de tocar corne.
Em italiano é corno inglese, no francês é cor anglais e no alemão é englisches horn.
Clarineta: último instrumento de sopro de palheta simples a incorporar a orquestra. Seu inventor foi Johann Denner no ano de 1690. A clarineta veio do instrumento chamado chalumeau.

A palheta do instrumento é mantida na boquilha pela braçadeira e por parafusos reguláveis.
As clarinetas possuem três tamanhos nas afinações em dó, si bemol e lá (a clarineta em dó caiu em desuso). É também classificado como instrumento transpositor, Poe exemplo, na clarineta em lá as notas devem ser escritas uma terça menor.
A clarineta é o instrumento de sopro de maior extensão de notas, seu registro grave e médio é chamado de registro chalumeau.
Em italiano se chama clarinetto, em francês clarinette e no alemão se chama klarinette.

Clarineta baixo: é duas vezes maior que a clarineta normal, encontrando-se uma oitava abaixo e também possui palheta simples. Quando há indicação na orquestra, é tocada pelo terceiro clarinetista. As notas são escritas uma oitava e um tom acima dos sons reais para facilitar a leitura do instrumentista.
Em italiano se chama clarinetto basso, no francês é clarinette basse e no alemão se chama bassklarinette.

Saxofone: instrumento de sopro criado por um clarinetista belga chamado Adolphe Sax em 1840. Mesmo sendo um instrumento feito de metal, o sax possui palheta simples e um sistema de chaves, que são características das madeiras e não dos metais.
O sax pode ser executado por clarinetistas, como acontece às vezes numa orquestra. Há oito tipos de saxofones, porém os mais usados são: saxofone contralto em mi bemol e o tenor em mi bemol. Atualmente o sax se tornou um dos instrumentos mais usados no jazz.

Em italiano se chama saxofono ou sassofono, no francês é saxophone e no alemão se chama saxophon.
Fagote: instrumento de sopro de palheta dupla, sendo mais curta e mais larga que a do oboé.
Sua escrita é na clave de fá ou de dó na quarta linha. O fagote não é um instrumento transpositor. É popular na orquestra com direto a solos. Ele também funciona como baixo para outros instrumentos.
Em italiano se chama fagotto, no francês é basson e no alemão se chama fagott.
Contrafagote: soa uma oitava abaixo do fagote e toca as notas mais graves do naipe de sopros. Também utiliza palheta dupla.
A parte do contrafagote é escrita uma oitava acima dos sons reais.
Em italiano se chama contrafagotto, no francês é contrebasson e no alemão se chama kontrafagott.
Trompa: instrumento de sopro de metal que passou a fazer parte da orquestra no final do século XVII.
O trompista moderno utiliza a mão esquerda para controlar as três válvulas e a mão direita coloca-se dentro da campânula.
A trompa é um instrumento transpositor, sua parte é escrita uma quinta acima do som real.
Atualmente, é comum usar a trompa dupla combinadas em uma, podendo o executante mudar de uma afinação para outra através de uma quarta válvula.
Em italiano é corno, no francês se chama cor e no alemão horn.
Trompista: é o instrumento de metal mais antigo. Nos tempos mais antigos eram retos e os atuais são dobrados em um formato oblongo e após 1600 fora incorporado à orquestra.
Vários tipos de surdina podem ser usados para variar i seu timbre, fazendo efeitos especiais.
O trompete de orquestra mais usado é em si bemol e é escrito um tom acima do som real.
Em italiano se chama tromba, no francês trompette e no alemão trompete.
Corneta de pistões: instrumento descendente do posto horn. A corneta de pistões foi inventada na França em 1825.
Na orquestra, são instrumentos extras que fazem parte da seção dos metais.
Em italiano se chama cornetto, em francês cornet à pistons e no alemão kornett.
Trombone: instrumento de sopro vindo do trombone medieval chamado de sackbut, que significa “puxe-empurre” e não mudou muito desde essa época.
O mais utilizado é o trombone de vara, mas também existe o trombone de pistões. A vara serve para o trombonista ajustar o som e são sete posições. Também se usa a surdina.
Na orquestra de maior vulto se utiliza três trombones: dois tenores e um baixo, ou tenor-baixo (hoje em dia o baixo fora substituído pelo tenor-baixo).
Os trombones não são instrumentos tranpositores.
Em italiano se chama trombone, no francês trombone e no alemão posaune.
Tuba: instrumento de execução das notas mais graves numa orquestra, reforçando assim, a linha do baixo. A tuba foi criada em 1820, fazendo desta o instrumento mais jovem da seção dos metais.
Há tubas de três a cinco válvulas, as mais usadas são a de tenor ou eufônio em si bemol e a tuba baixo em fá. A tuba também pode utilizar a surdina.
E italiano se chama tuba, no francês tuba, e no alemão tuba.
Tímpanos: é o único tambor capaz de produzir notas de altura definidas através da tensão da pele ou membrana.
Os timpanistas tocam somente tímpanos e o tímpano só foi incorporado à orquestra no século XVII.
Nos tímpanos, pode-se percutir com golpes isolados, rufar e percutir as baquetas alternadas.
Em italiano se chama timpani, em francês timbales e no alemão se chama pauken.
Bombo: é chamado de caixa bombo ou somente bombo, pode ter duas membranas ou uma. Os parafusos servem para a obtenção da melhor ressonância, já que o instrumento não produz nota de altura definida.
Pode-se obter efeitos especiais através de baquetas duras, com vassourinhas de metal ou feixe de varetas de vidoeiro.
Em italiano se chama gran cassa, no francês é grosse caísse e no alemão grosse trommel.
Caixa Clara: instrumento de percussão que possui duas membranas ( a superior é percutida e a inferior em contato com a esteira – segmentos de arame esticado ao longo da membrana inferior).
Toques como rufo, flam e o drag são característicos da caixa clara.
Há também a caixa tenor, sem esteira e com um som mais grave.
A vassourinha de metal também produz efeitos especiais.
Em italiano se chama tamburo militare ou tamburo piccolo, no francês é tambour militaire ou caisse claire e no alemão é kleine trommel.
Pratos: instrumento construído por uma liga de metal e produzem som através de golpes um contra o outro e para abafar o mesmo som que produzem, basta encostar um no outro.
As baquetas usadas podem ser de vassourinhas de metal, a do triângulo e de diversas durezas.

Em italiano se chama piatti, no francês cymbales e no alemão becken.
Glockenspiel: é também conhecido como metalofone, é constituído por 30 placas oblongas de aço e dispostas como um teclado de piano. As baquetas utilizadas são leves e de cabeças de borrachas dura ou mole, madeira ou metal.
Em italiano se chama campanelli, no francês carillon ou jeux de timbres e no alemão é glockenspiel. Sua escrita é na clave de sol.
Xilofone: a palavra “xilofone” vem do grego e significa “sons da madeira”. Ele é parecido com o instrumento anterior, exceto as placas que são de madeira dura. Sua escrita é na clave de sol.
Celesta: é na verdade um glockenspiel com um teclado que lembra um piano de formato pequeno (vertical tipo móvel). As placas são de aço e cada placa possui uma caixa acústica. Seu timbre lembra sinos. Sua escrita é na clave de sol.
Vibrafone: é também parecido com o glockenspiel. Embaixo de cada placa de aço está colocado um tubo ressoador que serve para afinar cada nota da placa. Sua escrita é na cave de sol.
Triângulo: instrumento feito de barras de aço em formato de triângulo executado por uma baqueta de metal com golpes no ângulo superior.
Em italiano é chamado de triangolo, no francês se chama triangle e no alemão é triangel.
Pandeiro: é um pequeno tambor composto de uma membrana e pares de pequenos discos de metal ao redor da borda. O instrumento deve ser agitado fazendo os discos sarem ou ainda com as pontas dos dedos, o punho, as costas da mão ou contra o joelho. Também pode se utilizar a baqueta.
Em italiano é basco, em francês é tambour ou basque e no alemão é chamado de schellentrommel.
Castanholas: instrumento típico da Espanha. Eles são unidos por uma corda fina que é enrolada no polegar e no indicador, percutindo-se um contra o outro produzindo ritmo.
Em italiano é chamada de castagnette, no francês de castagnettes e no alemão de kastagnetten.
Bloco de Madeiras: a madeira do instrumento possui ranhuras laterais o que faz com que produza caixas acústicas. As baquetas utilizadas são as de tambor. Ou xilofone. O bloco chinês produz sons indefinidos.
Carrilhão de Orquestra: são tubos de aço colocados em gradação de comprimentos, o que faz produzir notas de diferentes alturas. São usadas baquetas de madeiras.
Em italiano é campene, no francês cloches, e no alemão glocken.

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