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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Paleolítico,Período Barroco,Renascimento e Romantismo

Paleolítico

Pode se imaginar etapas evolutivas como: ritmo através de batidas com bastões, percussão no corpo, objetos sacudidos ou entrechocados; imitação dos ritmos ou dos ruídos da natureza até mesmo o grito; emoção que provocava variações na altura e no timbre da voz e o homem cultiva; fabricação de objetos sonoros que podia imitar os sons/ruídos da natureza; associação da palavra ao ato de cantar, a dança e a música instrumental da expressão gestual sonorizada.
Nessa época não é provado, por exemplo, que a música vocal tinha precedido ou seguido à música instrumental, depende do ponto de vista de cada historiador.
As pedras ou troncos de árvores escavados foram os ancestrais dos litofones, xilofones e tambores. Também usavam apitos de osso e bambus talhados.
É difícil formular um conceito original de “canto”, pois nas diferentes épocas e nos diferentes grupos humanos, ele apresenta características próprias, resultado da organização social, herança histórica, crenças, linguagem...cada povo cultiva “algo” diferente do nosso.
O sistema fonético de cada raça também determinou uma maneira de cantar, que por sua vez, influenciou na voz falada.

Período Barroco

Vai do final do século XVI até o início do século XVIII, começou na Itália e alcançou vários países europeus e algumas colônias como o Brasil.
A igreja católica X a protestante tem grandes influências nesse período, surgem tensões na tentativa de fundir visões opostas como o antropocentrismo (do Renascimento) e o teocentrismo medieval.
Como conseqüência, a arte barroca é marcada pela angústia do ser humano atormentada por grandes dúvidas existências. Os temas religiosos são tratados por mestres da pintura que expressam de forma enfática as contradições da época. As obras procuram unir aspectos contraditórios como: sagrado e o profano, as luzes e as sombras, o paganismo e o cristianismo, o racional e o irracional. Essa busca expressa o desejo de aproximar a esfera humana da divina.
O barroco em relação ao renascimento continua um processo de transformação e continuidade. A religiosidade acentuada pelas disputas entre protestantes e católicos emprestou um caráter mais dramático à vida no século XVII.
Mesmo dividido entre a razão e religião, o ser humano prefere a religião na esperança de compartilhar a glória divina.
A vida terrena é caracterizada por traços que surgem tristeza e sofrimento, para representá-la como oposta à felicidade e à glória da vida celestial. Manifestando o pessimismo dos autores, várias obras barrocas exploram a miséria da condição humana, apresentada em alguns aspectos cruéis, dolorosos e muitas vezes repugnantes.
O artista barroco é minucioso na composição dos detalhes e manifesta o gosto pela ornamentação excessiva. Essa ornamentação acaba criando um efeito de suntuosidade nas obras de arte do período e revela o desejo de criar um discurso para convencer o público da glória de Deus.
A Música Barroca
A música barroca vai da segunda metade do século XVII até a primeira metade do século XVIII. Ou ainda: baixo barroco (até os primeiros anos do século XVIII) e alto barroco (até meados do século XVIII, onde alcançou apogeu com Bach e Haendel).
Na música Barroca predominou: ornamentação em exagero (mordente apojatura longa e trinado); irregularidades que fugiam do convencional; ampliação das dissonâncias no encadeamento harmônico; harmonias mais complexas; maior possibilidade de criação; firmamento do sistema tonal (que é firmado com o “Cravo Bem Temperado”, de Bach e o “Tratado de Harmonia”, de Rameau) e abolição do modalismo; surgimento de novas formas instrumentais e vocais; acordes com uso da sétima dominante e diminuta; notas melódicas(retardo, nota de passagem, bordadura e apojatura); início de expressividade musical, a família do violino veio substituir a das violas e a orquestra foi gradualmente tomando forma, com as cordas substituindo uma seção de peso em sua organização(embora as outras seções ainda não estivessem bem padronizadas e a articulação nos instrumentos; época do baixo contínuo e baixo cifrado; cultivo do individualismo em música sem exagero ressaltando o solista, seja nas cantatas, nos concertos solistas ou concertos grossos e surge conjuntos de câmara.
A monodia foi um estilo simples vocal sustentada por uma linha de baixo instrumental, sobre a qual os acordes eram construídos.
O estilo recitativo era meio cantado e meio recitado, o acompanhamento era simples por um instrumento grave de cordas, como o cello. A essa linha se deu o nome de baixo contínuo. Havia duas espécies de recitativos: o secco, quando a fala era sustentada apenas por acordes simples no contínuo; e o stromentato ou accompagnato, usado quando o compositor sentia que a natureza dramática das palavras exigia o reforço de um acompanhamento orquestral simples.
A primeira ópera que se tem registro na íntegra foi “Eurídice” de Peri e Caccini. O “Orfeo” de Monteverdi foi a primeira grande ópera de 1607 com tessitura musical de intervalos cromáticos e espaçados na parte do canto, o acompanhamento com inesperadas harmonias e freqüentes dissonâncias.
O mais popular dos compositores italianos foi Alessandro Scarlatti, na França foram Lully e Rameau e na Inglaterra foi Henry Purcell.
Na mesma época onde surge a ópera, surge também o oratório e a diferença entre eles é que os oratórios se baseiam em histórias sacras, geralmente tiradas da Bíblia.
Principais Formas Musicais do Período Barroco
Prelúdio: Significa preparação, entretanto, existem prelúdios como “peça avulsa”, essas obras são: suíte, fuga, as primeiras sonatas monotemáticas, os primeiros concertos e óperas. Ele ainda pode ser temático ou atemático (apenas com acordes batidos ou arpejados para acompanhamento sem que sobressaia num tema ou melodia refinada).
Formas Fugadas: Forma musical baseada na Fuga, ou seja, no contraponto de imitações rítmicas e melódicas constantes a quaisquer intervalos parecendo que as vozes ou partes que compõem a obra fogem umas das outras. Procura-se dar maior ênfase à linha horizontal.
Qualquer forma pode ser tratada em maneira fugada, como: cânone; invenção, fuga; as primitivas fantasias, ricercari até as suítes, partitas, concertos etc.
Invenção: Peça instrumental baseada no princípio da imitação livre executada num instrumento de teclado. Bach foi o mestre da Invenção.
Podem ser escritas a 2, 3 e mais vozes. Sua estrutura é estrófica, mas não deixam aparecer as do corte binário, ternário etc.
São geralmente unitemáticas.
Fuga: Baseia-se na imitação em todas as partes ou vozes, dando a impressão destas estarem fugindo umas das outras. A fuga teve sua origem no Cânone e no Ricercare.
Estrutura: é geralmente ternária, mas também é comum uma estrutura binária.
A – exposição do tema, que é o sujeito, em todas as vozes ou partes no tom principal.
B – desenvolvimento com aparecimento do tema e respectivos divertimentos e episódios nos tons vizinhos (raro em tons afastados).
A1 – (quando houver) – reexposição to tema no tom principal.
Elementos da Fuga: sujeito, proposta ou antecedente (o tema da obra- DUX); resposta ou conseqüente (o mesmo tema imitado uma 5ª. Superior ou uma 4ª. Inferior – COMES); contra-sujeito ou contra-resposta (elemento com linha melódica definida acompanha o sujeito ou a resposta); episódio e divertimento (elementos que intercalam as diversas entradas do sujeito e da resposta); coda (pequenos prolongamentos que proporcionam melhores condições para qualquer entrada); stretto (execução da resposta antes de terminado o sujeito ou vice-versa); pedal (geralmente no final da fuga, serve para firmar a tonalidade e os graus geralmente escolhidos são a tônica ou dominante).
Fuga Real e Fuga Tonal: real (quando a resposta é dada exatamente com os mesmos intervalos do sujeito); tonal (quando existe qualquer mudança – mutação – nesses intervalos); número de vozes (a fuga pode ser a 2,3,4,5 ou mais vozes à vontade do compositor).
Fugueta: Pequena fuga, geralmente com menos vozes e menores proporções
Suíte: No princípio até o barroco era composta por movimentos, danças de várias regiões. A ordem mais comum dos movimentos ou tempos de suíte era: prelúdio, alemanda, corrente, sarabanda e giga. Às vezes essa ordem sofria variações como: gavota, burrê, pavana, galharda, minueto, musete, passe-pied,passacalhe, chacona, loure, furlana, veneziana e rigodão.
Para analisar uma suíte é preciso observar: compasso, andamento e particularidades rítmicas iniciais e internas. A suíte contemporânea difere da antiga na linguagem melódica, harmônica e estrutural e elementos citados acima.
Alemanda: Começou como canção até ser somente dança. Sua origem é germânica, mas foi na França que foi valorizada.
As principais características são: compasso (quaternário simples); andamento (moderado); ritmo inicia l(geralmente anacruse no último tempo do compasso); modo empregado é maior.
Sua estrutura é formada por duas seções ou partes, cada uma cortada por um ritornello, geralmente. A 1.ª parte expõe a idéia musical e a 2.ª desenvolve-a.
Corrente: Executada por pares teve suas raízes nórdicas, se fixou e desenvolveu na França. Características: compasso (ternário simples); andamento (rápido); ritmo inicial (geralmente anacruse, no último tempo).
Sua estrutura é igual à Alemanda.
Sarabanda: Dança de origem árabe e foi introduzida na Espanha no século XII, mas seu auge foi no século XVI quando entrou na suíte.
Características: compasso (ternário simples); andamento (lento); ritmo inicial (tético).
Estrutura: Duas seções com ritornello. Mais tarde a forma foi ampliada para três seções ou partes, sendo a 3.ª uma reexposição da primeira ou ainda um novo período na tonalidade principal. Exposição – Desenvolvimento – Reexposição
Giga:
De origem inglesa, foi introduzida na Itália com grande receptividade pelo povo e depois pelos compositores.
Características: compasso (geralmente 6/8 – 6/4 – 12/8 – ou outro equivalente que possua características ternárias de ¾); andamento (rápido); ritmo inicial (anacrúzico no último compasso).
Sua estrutura é igual à da Alemanda e Corrente.
Partita: Difere da suíte, pois nem todos os movimentos são essencialmente de dança.
Cantata/Oratório/paixão: Obras compostas por Recitativos, Árias, Duetos, Coral e Orquestra, apoiados em textos litúrgicos. A cantata também pode ser profana.
Sonatas: Composições para instrumentos de teclado e que se baseavam quase que totalmente ainda nos elementos da suíte.
As sonatas dessa época eram monotemáticas e os instrumentos solistas eram: cravo, alaúde, violino, viola de amor, flauta e harpa.
A sonata clássica deu origem a outras formas como o minueto.
Minueto: Tipo de dança francesa, de compasso ternário, andamento moderado e sua forma inicialmente é binária. Com a introdução do Trio (chamado assim por esta é confiada a três instrumentos).
Estrutura: Exposição – Desenvolvimento (trio) – Reexposição
Foi a partir de Lully (1632-1687) que o minueto entrou na música artística orquestral e daí para frente sua evolução foi rápida. Com Beethoven, o minueto acelerou seu andamento transformando-se num Scherzo.
A Música Instrumental Barroca
A família que se estabeleceu foi a do violino (viola, cello e contra-baixo)se tornando a base da orquestra barroca.
As peças instrumentais podiam ser tocadas por qualquer outro instrumento similar e de mesma extensão (por exemplo, violino, oboé, flauta...). A idéia era fazer música e não combinação tímbrica.
A maioria dos instrumentos da renascença desaparece no Barroco e surgem outros, como a família do teclado: cravo, espineta, virginal etc
Sonata: forma musical que faz surgir a música de câmara barroca através dos duos, trios, quartetos até a música orquestral.
A sonata original era para música de câmara para alguns instrumentos e acaba por se tornar a base do concerto para conjunto orquestral.
O concerto é uma sonata para vários instrumentos. Surge também o concerto grosso com Torelli e Corelli e a Escola Italiana.
O concertino era para solistas e baixo –contínuo
Principais compositores: Alessandro Scarlatti, André Campra, André Cardinal Destouches, Antônio Vivaldi, Antoine Forqueray, Arcângelo Corelli, Baldassare Galuppi, Dietrich Buxtehude, Domenico Scarlatti, François Campion, François Couperin, Georg Bohm, Georg Friedich Haendel, Georg Muffat, George Phillipp Telemann, Giacomo Giacomo Carissimi, Giovanni Battista Pergolesi, Giovanni Legrenzi, Giuseppe Tartini, Henry Purcel, Jacques Chambonieres, Jacques Bittner, Jacques Gaultier, Jean Baptiste Lully, Jean Phillippe Rameau, Jean de Mondonville, Johan Kuhnau, Johann Sebastian Bach, Johann Pachelbel, John Blow, Leopold Weiss, Louis Nicolas Clerambault, Marc Antoine Charpentier, Michel Richard Lalande, Pietro Antonio Cesti, Pietro Francesco Cavalli, Robert Jhonson.

Renascimento

Humanismo
Entre os séculos XIV e XV, uma mudança significativa ocorre na Europa Medieval, o ser humano começa a se libertar do poder centralizado da Igreja e a desenvolver uma nova mentalidade e prazeres mais humanos.
No final da Idade Média, a vida nas cidades é retomada e o comércio se intensifica provocando maior interação entre pessoas de diferentes segmentos da sociedade.
As cidades-Estado prosperam e surge a Burguesia constituída por todos aqueles que, sem nobreza de sangue, acumulavam capital por meio de atividades mercantis. A partir do século XIV, as cidades-Estado italianas desenvolvem formas republicanas de governo. Um magistrado-chefe era eleito pelos cidadãos e administrava a cidade com poderes definidos por uma constituição. O poder começou a ser repartido entre a aristocracia e os ricos mercadores.
O burguês passou a investir em cultura, algo que era só feito pela igreja e soberano o que levou a uma redescoberta de textos e autores da Antiguidade Clássica, considerado uma fonte de saber a respeito do ser humano. As universidades criaram programas especiais denominados Humanidade, onde os alunos liam textos greco-latinos e os professores desses cursos eram conhecidos como humanistas.
O humanismo já começa na Alta Idade Média e toma força no Renascimento, foi um período de transição de épocas e por isso é confuso. O foco dos humanistas era o ser humano, afastando-o do teocentrismo medieval e resgata a visão antropocêntrica (ser humano como centro de todas as coisas).
A ciência também evoluiu na tentativa de explicar a origem da evolução que antes era atribuída a Deus.
O público das trovas e canções produzidas durante o Humanismo é essencialmente o mesmo das cantigas dos trovadores: os nobres.
Música Renascentista
Vai do meado do século XIV ao final do século XVI
Uma das características importantes foi a utilização das vozes infantis em coros bem como vozes falsetes e contraste com o intuito de substituir as vozes femininas seguindo a tradição monástica, era de não permitir vozes femininas nos cultos, tradição essa que perdura até o início do Período Clássico com os últimos castratis, como Farinelli.
A música polifônica vocal predomina nesta época, os temas são concatenados e revezados entre as vozes como uma colcha de retalhos em que a melodia de uma voz tem continuidade com a melodia de outra voz e assim por diante. Cabe ressaltar a presença da homofonia das composições, a polifonia tem sua origem nas várias formas do cantochão bem como o cânone.
A música dessa época era intencional e não de improviso. Só podemos considerar improviso o fato das composições serem feitas para “qualquer” instrumento, isso porque não sabiam ao certo quais instrumentos teriam nas salas de concerto.
As principais características foram: abandono do cantus firmus; a cultura musical espalhou-se da nobreza à burguesia; foram criadas academias musicais; as músicas protestantes e católicas passaram por transformações; as partituras já podiam ser editadas devido à descoberta de Gutemberg à imprensa; início do uso da tonalidade em substituição ao sistema modal; polifonia vocal e instrumental; harmonias mais expressivas; uso maior das dissonâncias; uso dos graus tonais; uso do cromatismo através dos bemóis e sustenidos; aparecimento das colcheias; utilização dos compassos binários e ternários; criação da escola coral por Lutero e uso do pentagrama
Música Profana
Na Alta Idade Média, a música profana começou a ter registros e na renascença continua sua evolução com interesse maior dos compositores, umas têm tessitura contrapontística, outras com acordes soando alegres em ritmo de dança. As formas musicais profanas além das canções há a frótola italiana, o madrigal italiano, o lied alemão, o villancico espanhol e a canção francesa.
Música Sacra
A Música sacra continua sendo a capella, surge um estilo chamado polifonia coral (música contrapontística para um ou mais coros, com diversos cantores). As formas musicais sacras continuam sendo a missa e o moteto escrito para no mínimo quatro vozes e surge a parte abaixo do tenor, o “baixo”. A música ainda se baseava em modos, mas agora com uma maior liberdade e o surgimento dos acidentes (bemóis e sustenidos).
As missas e os motetos que antes tinham como base o cantus firmus, os compositores agora se basearam nas canções populares.
Nos finais das frases era bastante usada a imitação, os acordes eram sustentados enquanto uma das vozes surgia com nova melodia logo imitada por outra voz.
A polifonia se destacou, mas a harmonia também começava a tomar forma e o surgimento de acordes dissonantes para dar movimento à música
Corais Alemães
Uma forma que os alemães encontraram para falar direto com Deus foram os hinos cantados em alemão em lugar dos corais cantados em latim, nas Igrejas Protestantes, lideradas por Lutero.
Esses hinos são também chamados de corais e eram provindos de composições recentes ou não e até das canções populares adaptadas.
O Madrigal Italiano teve esse nome porque os italianos se apoderaram dos madrigais e os compunham em italiano.
Com a Inglaterra, chegou a existir três tipos de madrigais: o madrigal tradicional, o balé e o ayre.
a) Madrigal Tradicional: não havia refrão apesar dos versos serem repetidos. Composição contrapontística, uso da imitação e o compositor procurava ilustrar as palavras, por exemplo, a palavra morte será cantada de modo áspero e dissonante, etc. Destaque para o compositor Thomas Weelke.
b) Ballet: é o mesmo que balletto, em italiano. Às vezes era cantado e dançado ao mesmo tempo.. Sua característica predominante é o refrão fá-lá-lá no final de cada parte.
c) Ayre ou canção: as partituras ocupavam duas páginas fronteiras de um livro, a melodia ficava na página esquerda e as partes dos registros baixos, na direita e sob a melodia ficavam os versos e também um arranjo para alaúde das partes baixas. O Ayre podia ser executado com acompanhamentos (alaúdes, violas).
A música sacra na Inglaterra se deu através dos hinos para serem cantados pelo coro nos cultos protestantes. O hino era a contrapartida do moteto, cantado em inglês e não em latim. Havia o full anthem(a capella) e o verse anthem(com acompanhamento de órgão ou violas, e com um ou mais solistas que alternam suas vozes com as do coro.
O estilo policoral surgiu na basílica de São Pedro, em Veneza, devido aos grandes órgãos e duas galerias para coro e os efeitos obtidos eram ricos e poderosos. Os compositores usavam acompanhamento na música sacra, e acabavam incluindo grupo de vários instrumentos (cada qual ligado ao seu coro). Compositor em destaque foi Giovanni Gabrieli. A tessitura da música policoral era mista do estilo homofônico com contraponto imitativo e também existia a mistura de combinação com contraste.
A música instrumental ganhou importância a partir do século XVI, não apenas para dança, mas para peças destinadas a serem simplesmente tocadas e ouvidas.
Tanto na Idade Média quanto na Renascença, os instrumentos se dividiam em dois grandes grupos: instrumentos bas(baixo ou suave), destinados à música doméstica, e os haut(alto), tocados em igrejas, grandes salões ou a céu aberto
Principais instrumentos: charamelas, flautas, alaúde, violas, cromorne, cervelato, sacabuxa, trompete, virginal, clavocórdio e alguns tipos de corneto medievais continuaram. Alaúde e outros foram modificados e aperfeiçoamento. E muitos outros foram inventados.
Instrumentos como flautas, violas, charamelas e cromornes, eram produzidos em famílias (mesmo instrumento em diferentes tamanhos). Havia o whole consort, quando eram da mesma família e quando eram de famílias diferentes chamavam-se broken consort.
Surge a forma musical instrumental canzona de soar e mais tarde passaram a ser escritas para mais de um grupo de instrumentos. Os italianos tinham preferência pelas canzonas de soar. Outra forma fora a Tocata em órgão ou cravo. Na Inglaterra havia músicas que serviam tanto para tocatas quanto cantatas.
Formas musicais importantes: alemanda(a partir do séc.XVI assumi forma instrumental nos meios populares como danças); coral; corrente(cancão de origem francesa, ternária); frótola(canção popular italiana); galharda(dança de origem italiana); madrigal; missa; pavana(dança espanhola, em compasso binário); passamezzo(dança de origem espanhola) e vilanela(canção aldeã napolitana semelhante à Frótola).
O ricercar era um estilo de música vocal. Variações e baixo ostinato (melodia repetida no baixo e variando na parte superior. Fantasia (peça contrapontística, com imitação entre as partes) e “in nomine” (uma forma de fantasia, só que mais elaborada. Era baseada no cantus firmus.
Principais compositores: Paises Baixos (Josquin); Inglaterra ( Tallis, Byrd, Morley, Bull, Dowland, Weekles e Gibbons) e Itália(Palestrina, G. Gabrielli e Monteverdi).

Romantismo

O termo romantismo refere-se à estética definida pela expressão da imaginação, das emoções e da criatividade individual do artista. Ele rompe com o padrão estético anterior, essa nova expressão que define e estabelece as novas estruturas.
A queda da monarquia faz com que a burguesia cresça mais do que nunca e busca principalmente o conhecer das artes.
O período romântico marca o século XIX (1ª metade e parte da segunda).
O romantismo surgiu num movimento literário alemão, onde o objetivo era algo de fantástico, emocional, místico e não o estético bem estruturado.
Beethoven foi o último compositor clássico e o primeiro romântico; o ápice do romantismo chega com Chopin, Schubert, Mendelssohn, Schumann, Liszt, etc. fora os operistas italianos e fase de preparação para o modernismo com Wagner.
Na orquestra, a seção dos metais é completada com a adição da tuba e a invenção do sistema de válvulas. Os compositores escreviam algumas vezes para instrumentos de madeira em grupo de três ou mesmo de quatro, adicionado o flautim, o clarone (clarineta baixo), o corne inglês e o contrafagote. Os instrumentos de percussão ficaram mais variados.
O piano passa a ser muito explorado nesse período devido ao seu melhoramento e aperfeiçoamento.
Características Gerais: sistema tonal com uso do cromatismo e modulação; predomínio do sentimento sobre a estrutura formal; ampliação da orquestra; criação de novas formas musicais; evolução e ampliação das formas existentes que não caíram em desuso; época de ouro da ópera e seus derivados e cultivo da música vocal e instrumental, igualmente.
Principais Formas Musicais do Período (sonata, concerto, abertura e sinfonia continuaram)
Abertura
Preparação para qualquer obra de maior vulto, como ópera, oratório, cantata e outras. Outros tipos de abertura: Abertura de Concerto (composta como peça independente sobre temas literários,normalmente), Abertura Pout-Pourri (que contém todos os temas mais salientes da obra) e Abertura Sinfônica (idem, os temas mais salientes, porém desenvolvidos).
Capricho
Composição instrumental de caráter leve e estrutura livre e a fantasia são os aspectos dominantes.
Estudo
Composição musical que tem como objetivo melhorar os recursos técnicos para uma melhor execução instrumental ou vocal, o propósito é melhorar e se tornar um virtuose.
Improviso
Predomina a improvisação, ou seja, a execução momentânea da obra sem a mesma estar escrita no pentagrama.
Intermezzo
Significa interlúdio e tem o mesmo significado que o prelúdio. Serve para intercalar os atos da ópera com danças. Há compositores que chama de intermezzo uma peça instrumental de estrutura livre.
Lied
Canção alemã que representa a união poesia-música, para voz solo e piano e baseada geralmente em um A-B-A1.
Ópera
Drama musical cantado e acompanhado por uma orquestra. Sua estrutura é em atos e cada cena é composta de recitativos (meio falado e meio cantado).
Tipos de ópera: Ópera Bufa (sobre assunto cômico), Ópera Cômica (sobre assunto cômico, porém ligados a momentos trágicos- tragédia cômica), Ópera Séria (sobre assunto dramático)e Opereta (pequena ópera vinda de uma ópera bufa ou cômica)
Paráfrase
Tipo de comentário fantasioso sobre um tema já conhecido. Conserva-se a idéia central e cria sobre ela uma nova obra.
Poema Sinfônico
Composição de caráter descritivo vindo da sinfonia e seu criador foi Liszt. O poema sinfônico procura descrever musicalmente os elementos literários sobre os quais está baseado e possui estrutura livre. Outros compositores de poema sinfônico foram: Berlioz, Richard Strauss, Smetana, Rimski e Korsakoff.
Rapsódia
Composição sem estrutura determinada que foca em temas folclóricos de um determinado país ou região e usa muito modulação. O maior compositor de rapsódias foi o húngaro Franz Liszt.
Balada
Pode ser vocal ou instrumental, de caráter descritivo, o compositor acompanha a narrativa poética sobre a qual está baseada a mesma.
Berceuse
Canções de ninar, de estrutura livre e pode ser vocal ou instrumental.
Elegia
Composição vocal ou instrumental, livre com o objetivo de homenagear a memória dos mortos.
Fantasia
Livre de estruturas, carregada de harpejo, cadências e com uma linha melódica fantasiosa, com o objetivo de fugir a toda e qualquer rigidez musical.
Mazurca
Dança nacional da Polônia, seu cultivo como música erudita veio com as 53 mazurcas de Chopin. É de compasso ternário e andamentos moderato e allegretto.
Momento Musical
Composição instrumental de curto desenvolvimento. Ex: Momentos Musicais de Schubert.
Noturno
Forma de composição de caráter sonhador, vago, melancólico, em andamento lento.
Romance
Estrutura livre, melódico e cantante.
Polonesa
Dança de origem polonesa, bem marcada e vibrante, uso do compasso ternário simples, com acentuação na segunda metade do primeiro tempo.
Música Programática (ou de programa)
É a música que “conta uma história” descrevendo as imagens na mente do ouvinte. Está ligada à pintura e a literatura. Os três tipos de música programática orquestral são: a sinfonia descritiva, a abertura de concerto e o poema sinfônico.
Música Incidental (ou de cena)
Refere-se à música especialmente composta para ser ouvida em certos momentos de representação de alguma peça. Objetivo de entreter a platéia durante a troca de cenários e até mesmo para fazer fundo sonoro no decorrer do espetáculo.
Principais Compositores
Hector Berlioz, Caetano Donizetti, Georges Bizet, Franz Liszt, Bonaventura de Somma, Giuseppe Verdi, Pietro Mascagni, Johann Strauss Filho, Peter Iliytch Tchaikovski, Amilcare Ponchieli, Richard Wagner, Vincenzo Bellini, Franz Berwald, Louis Moureau Gottschalk, Franz Peter Schubert, Félix Mendelssohn, Antonio Carlos Gomes, Robert Schumann, Frederico François Chopin, Ruggiero Leoncavalho, Jacques Offenbach e Johannes Brahms.
Wagner chamava suas óperas de dramas musicais que eram extensas e duravam quatro ou cinco horas e assim, foi o mestre da orquestração. Dentro das tessituras se encontravam os temas, variações e não muito longos comumente chamados de leitmotiv (em alemão, “motivos condutores”).

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