
A expectativa em torno da visita do "Rei" a Cachoeiro de Itapemirim, sua cidade natal, movimentou a cidade nas últimas semanas. Roberto Carlos desembarcou no pequeno aeroporto às 17h05 deste domingo (19/4) para a realização de um show histórico e foi recebido por cerca de 1,2 mil pessoas no aeroporto, entre elas, alguns sósias e covers.
O rei chegou vestido com uma camisa azul e calça jeans e exibindo um corte de cabelo mais curto que o habitual. "Eu não sei ser rei, eu só sei cantar", declarou Roberto Carlos, durante a rápida conversa com jornalistas no saguão do aeroporto. Em seguida, ele embarcou em um veículo prata que já o aguardava na pista do aeroporto. Roberto seguiu direto para o Hotel San Karlo, onde ficou recolhido em uma suíte especialmente reformada para recebê-lo.
Hotéis e pousadas registraram ocupação recorde. Turistas de todas as partes do Brasil circulavam pela cidade, para a alegria dos comerciantes, que não perderam a oportunidade de faturar. Camisetas, fotos e todo tipo de lembrança da "Terra do Rei" eram vendidos em padarias, bares e pelos ambulantes. Todos de olho no dinheiro dos turistas, que parecem não fazer economia na hora de acompanhar o ídolo. É o caso da advogada Adnélia Santos, 55 anos. Viúva, ele divide o tempo entre o direito e as viagens pelo Brasil para acompanhar Roberto Carlos. "Ele é meu 'marídolo'", afirma a fã, que tem até uma tatuagem no colo, com as iniciais "RC". "Vou onde o amor está", completa Adnélia.
Outro fã que gasta bastante acompanhando o rei é Fábio Freitas, cover de Roberto Carlos desde 1999, quando encerrou a carreira de bancário e se aposentou. "Eu tenho uma banda, a Novas Emoções, e viajamos pelo Brasil todo fazendo show cover de Roberto. Mas eu sou antes de tudo um fã e gosto de acompanhar os shows dele", declarou o ex-bancário, fã e artista.
Quem não vive de música também aproveitou para faturar um extra. O desenhista Didi, que há 20 anos sobrevive dos desenhos que faz nas ruas da cidade, preparou um trabalho especial, com o retrato do rei. "Foram quatro dias de trabalho, mas acho que ficou muito bom", afirma o artista plástico.
Questionado sobre os objetivos do trabalho, ele não se incomoda em dizer que foi pura estratégia de marketing. "Fiz para chamar a atenção mesmo. Todo mundo pára aqui só para ver a tela com o rosto de Roberto. Aí, alguns aproveitam e pedem um desenho também. Mas se alguém quiser comprar esse aí, eu vendo e faço outro depois", afirma Didi.
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