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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

COMPOSITORES

Aqui estão os principais compositores da época,conheça cada um e saiba um pouco da história desses mestres da composição que se inicia com o excelentíssimo Bach.

Johann Sebastian Bach

Bach (1685-1750), apesar de ter composto a mais bela missa (em Si menor), foi protestante.
Alemão, nascido em 16 de Dezembro de 1770, foi um dos maiores compositores erudito do mundo. Viveu num período de transição entre o Classicismo (século XVIII) e o período Romântico (século XIX). É considerado como um dos pilares da música ocidental devido sua incontestável contribuição ao desenvolvimento tanto da linguagem quanto do conteúdo musical.
Trabalhou como organista na Igreja de Anstadt, com magnífica sonoridade, porém Bach "enfeitava" os hinos que tocava durante os cultos, o que lhe causou muitas reclamações dos fiéis porque estes estavam acostumados com a mesmice de uma música simples. Segundo eles, a música ouvida era bastante variada e tinha sons estranhos que acabavam por confundir a congregação.

Depois Bach fora para outra Igreja com um bom salário, na função também de organista, ele era tão bem tratado que até ao transporte tinha direito. Mas desistiu do cargo e os membros do corpo administrativo respiraram aliviados, pois Bach era bastante exigente.
Sua personalidade era bem humorada e boêmia, era um homem do povo, robusto, simpático, forte e musculoso.

Devido às histórias familiares de uma geração para outra, seu rival na época foi Jean Louis Marchand. Louis considerava-se o primeiro organista do mundo até aparecer o nosso Bach e propor um duelo musical com data e hora marcada, mas Jean não apareceu porque havia voltado para a sua adorada França e Bach torna sua reputação insubstituível.

O sucesso lhe sobe a cabeça e começa seu declínio musical e moral, suas composições perdem qualidades, engorda cada vez mais. A população não entendia que se tratava de um génio, para eles bastava um organista que tocasse a música da igreja de forma simples e convencional.

Bach foi organista em : Ohrdurf, Anstadt, Mülhausen, Lübick, Leipzig e músico na corte de Weimar, favorito do Rei Frederico "O Grande". Nesta fase Sebastian já estava velho e curvado, mas seus dedos ainda eram jovens.

Bach era muito brincalhão e vivia rodeado de jovens, quando seus alunos cansavam-se de seus monótonos exercícios, rapidamente escrevia prelúdios para serem tocados, acabava servindo como uma forma de relaxamento.

Na vida afetiva, casou-se duas vezes e teve 20 filhos. Os filhos Johan Friedrich e Karl Emanuel herdaram a genialidade do pai.

As composições de harmonias vocais eram livres, cada voz improvisava a sua própria melodia e as outras se confundiam numa unidade concordante. O segredo da harmonia só o exímio compositor sabia.

Aos 65 anos já estava no fim da sua vida musical, seus olhos fraquejavam e já era preciso ditar as composições. Faleceu durante à noite de um insulto apopléctico, mas sua morte ainda é questionável.

A viúva cedo gastou as economias do falecido e depois de morta fora sepultada em vala comum devido às finanças.

Sua música ficara esquecida num armário na sacristia de São João e quando um aluno de catecismo precisava de um pedaço de papel para embrulhar merenda ia direto ao armário e arrancava uma folha dos manuscritos de Bach.

Enquanto Beethoven compunha sua Quinta Sinfonia a última filha de Sebastian viria os últimos dias de sua vida dentro de um asilo. A família teve um triste final.

Principais composições

Peças para Coro: Paixão Segundo São Mateus; Paixão Segundo São João; Missa em Si menor; oratório de Natal: Baurern Cantata e Cafee Cantata

Peças Instrumentais: Concertos de Brandenburgo para orquestra (1-6); Concerto em estilo Italiano; Sonatas para violino e piano (1-6); Suítes para orquestra (1-4); Fantasia cromática e Fuga; Cravo Bem Temperado (livros I e II); Suítes francesas(1-6); Suítes inglesas(1-6); Variações "Goldberg"(1-32); A Arte da Fuga; Oferenda Musical para piano forte; Prelúdios; Fugas; Tocatas etc.


George Bizet (1838-1875)

Compositor francês que não teve reconhecimento em vida, embora tenha conquistado o “Prêmio Roma”. Bizet tentou fazer sucesso dos 20 aos 30 anos, foi bastante perseverante e após sua morte pouco antes de completar 40 anos, foi reconhecido pela música incidental para teatro “L’Arlésienne” e a ópera “Carmen”. Suas composições eram melodiosas, pouco complexas e por serem simples tornavam-se memoráveis.


Suas obras foram: seis óperas, música incidental para teatro, sinfonias, suítes, várias obras curtas para orquestra, peças para piano, canções e obras corais.


Algumas peças importantes:


Ópera “Os Pescadores de Pérolas” (1863) – “Au Fond du Temple Saint”: Fantasia tirada das “Mil e Uma Noites”, obra inconseqüente sem dar importância ao que os duetistas, tenor e barítono, cantavam.


Ópera “Carmen” (1875): História da sedutora e provocativa cigana chamada Carmen, contada pela sua paixão entre dois homens envolvendo assassinato e infidelidade. Foi à ópera do século XX, com canções entremeadas de recitativos (trechos falados). O ritmo era exótico e hispãnico, habanera vem da palavra havana (capital da Cuba) que em espanhol é Habanera.


Sinfonia: Sinfonia em dó maior (1855) – essa obra marca a época estudante de Bizet e por isso é leve, alegre, viva e obedece ao padrão dos quatro movimentos clássicos, mas tem a “roupagem’ orquestral do século anterior.

Edvard Grieg (1843-1907)

Compositor norueguês que já demonstrava suas habilidades desde criança no piano. Grieg se dedicou tanto que acabou por prejudicar sua saúde e como conseqüência teve de diminuir o ritmo e durante um tempo trabalhou como professor em Oslo e Compenhague.


Em 1874 quando o governo passou a dar pensão vitalícia, o compositor pode priorizar a sua carreira de concertista do que a de pianista. Grieg foi casado com uma soprano com quem viajou pelo mundo em turnê.


Suas melhores composições são as miniaturas românticas vinda da música folclórica norueguesa, dando um ar de nacionalismo.


Suas obras foram: concerto para piano, sinfonia, nove suítes orquestrais, sete obras para coro, ou voz solista e orquestra, três sonatas para violino, sonata para violoncelo, quarteto de cordas, sonata e 22 números de opus de peças individuais para piano.


A suíte “Peer Gynt n.1, op.46” (1888) possui quatro movimentos (“Amanhecer, A morte de Aase, Dança de Anitra e No Salão do rei da Montanha”. Essa suíte foi uma música incidental para a peça poética de Ibsen.


As canções de Bizet têm justamente a simplicidade das canções folclóricas e nacionalistas com melodias simples.


As peças líricas para piano somam 69 em 10 livros.


Béla Bartók (1881-1945)

Compositor húngaro que almejava ser um grande concertista, mas acabou sendo um exímio compositor, se especializou nas obras dos grandes mestres, Bach e Liszt. Suas primeiras obras foram rapsódia para piano e orquestra e poema sinfônico.


Bartók trabalhou com Kodály pesquisando sobre as melodias da música húngara, foi um dos maiores pesquisadores da música folclórica, o que influenciou nas suas composições.


Quando ele arranjava essas músicas para concerto nascia uma nova canção, um toque pianístico e notas ao invés de meros acordes. A mesma idéia musical era usada em suas músicas e mantinha as regras do contraponto e técnicas.


Bartók era polêmico, ou gostava ou odiava, e a crítica oficial definitivamente achava que ele fazia sons irritantes e barulhentos. Mas seu lado pessoal revelava um homem tímido, sensível e decidido, o que fez continuar seguindo sempre.


Aos 58 anos se refugiou para os Estados Unidos devido à invasão dos nazistas por quase toda a Europa, só assim nosso compositor conseguiu produzir algo “mais leve” para expandir sua audiência e deu certo, porque até hoje nos lembramos do Concerto para orquestra e o Concerto n.3 para piano e orquestra.


Após sua morte, como a maioria dos compositores, é mais ainda reconhecido e respeitado, marcando história.


Fazem parte das suas obras: uma ópera (O Castelo do Barba-Azul), dois balés (O Mandarim Maravilhoso e O Príncipe da Madeira), três concertos para piano, peças curtas para piano e orquestra, dois concertos para violinos, duas rapsódias para violino e orquestra, concerto para orquestra, música para cordas, divertimento para cordas, suítes, , seis quartetos de cordas, duas sonatas para violino e piano, sonata para dois pianos e percussão, música de câmara, estudos para piano(Mikrokosmos), peças para piano solo, setenta arranjos de canções folclóricas e numerosas composições autorais para solista e coro.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - Áustria

O menino prodígio era o orgulho do papai Leopold Mozart que era músico oficial do arcebispo de Salsburg. O pequeno começou a tocar bem cedo, aos três anos já tocava e aos cinco escreveu seu primeiro concerto, antes de aprender a ler era capaz de distinguir o diapasão de um instrumento até a oitava de um tom.


Com tamanho sucesso do pequenino, a família começou a encher os bolsos com os dotes do filho. Foi para Munich, tocar para a rainha austríaca, depois a Heidelberg, seguiram para Frankfurt (onde conheceram o poeta Goethe) e depois à França.


Quando Mozart tinha uns 13 anos, foi para a Itália, a Escola Italiana era famosa e considerada o berço dos grandes nomes da época. Aos 14 anos se tornou sócio da Sociedade Filarmônica de Bolonha. Mas Mozart não soube aproveitar a fama que lhe veio muito cedo a achava que isso era o bastante, e não foi bem assim. Por não ter estudado em conservatório, a sociedade começou a ficar mais rude com ele.


Na fase adulta foi empregado como primeiro violino junto ao arcebispo da sua cidade natal ganhando muito pouco e sentiu-se infeliz, o arcebispo o tratava com pouco caso e não confiava mais tanto assim em seu potencial, tudo porque não passou pelos conservatórios. Diante de tanta humilhação, Mozart foi em busca de outro emprego.


Foi para Munich e sem sorte seguiu para Ausburg, até que recebeu uma oferta de um conde rico que lhe encomendou uma ópera alemã e durante um tempo ele estava satisfeito, porém o projeto não foi a diante, devido à falta de colaboradores.


Wolfgang começou então a dar aulas em Mannheim onde ganhou afagos das alunas e esqueceu-se da apaixonite pela prima e uma delas foi a menina da voz de ouro chamada Aloysia Weber e estava disposto a acompanhar sua amada para Itália, mas seu pai o impediu de cometer esse erro e se concentrar na sua carreira, e assim o fez. Mozart foi morar com sua mão em Paris para estudar e como era incapaz e um desastre sua mãe teve de acompanhá-lo. Foi um período horrível porque os parisienses deixavam a desejar e não entendiam de música e certa vez chegou a dizer que Paris era uma ‘Cidade de Asnos!’


Sua mãe falece e ao mesmo tempo vaga um cargo de chantre em Salsburg e Mozart se vê livre daquela cidade, mas quando chega a Salsburg levou um susto com o lugar medonho e disse que a cidade era cheia de caipira e Paris comparado aquele lugar era um paraíso.


Quem o salvou daquele tédio foi uma encomenda que recebera do Eleitor e foi para Munich novamente, onde escreveu ‘Idomeneu’, peça baseada numa lenda de Creta. Entretanto, sua ópera não fez sucesso e mais uma vez ele volta a Salsburg para trabalhar para o arcebispo, eles não simpatizavam mutuamente e num belo dia de fúria o arcebispo descontou sua ira em Mozart e o demitindo.


Em sua vida amorosa se envolve com Konstanze, irmã de Aloysia Weber, por quem se apaixona e forma sua família. Eles fogem e nessa aventura compõe a ópera ‘Rapto no Serralho’. A obra foi um sucesso, mas como nessa época não havia leis que cuidassem dos direitos autorais, mais uma vez nosso querido compositor não lucra. E após essa ópera compõe ‘As Bodas de Fígaro’, outro sucesso maior ainda, exceto financeiramente.


Além da crise financeira, os músicos invejosos começaram a espalhar rumores a seu respeito de modo que ficasse com má reputação. Meio a esse caos, ele compôs ‘Don Giovanni’, outro grande sucesso.


Com sua fama no auge, consegue um cargo que não desse muito prestígio, dado pelo imperador, Morzart fora nomeado para o posto que Gluck ocupou antes de sua morte. Na verdade foi um emprego por pena, onde ganhava um terço do ordenado normal. Com a morte do imperador, levou outro ‘pontapé’ e nesse período sua esposa estava de cama muito doente e seu marido chegou a penhorar suas pratas para poder continuar correndo atrás, ainda compôs a ‘Flauta Mágica’ e parte do Réquiem (música para morto) e acabou sendo o seu próprio Réquiem, pois adoeceu e caiu de febre altíssima e não resistiu, falecendo. Morreu pobre e foi enterrado em vala comum por ser mais barato. Sua esposa que vivia doente, o viu morrer primeiro.


Como a maioria, Mozart só teve o reconhecimento que mereceu após a sua morte.


Principais composições: 15 Missas, diversas cantatas, óperas, árias, canções, cânones, fugas,sinfonias, marchas, danças, serenatas, concertos para violino, piano, flauta, harpa, trompa, clarineta, quarteto de cordas, minuetos, rondós, variações e etc.


George Friedrich Handel (1685 – 1759)

George Friedrich Handel, nascido em Halle em 23 de fevereiro de 1685, filho de um cirurgião-barbeiro. Desde jovem foi apaixonado pela música, sofreu a resistência pai que queria fazê-lo advogado, por ocasião de uma visita à corte de Saxe-Weisenfells, o duque, impressionado com seu talento, convenceu seu pai a colocá-lo sob a orientação de F.W.Zachau, organista da catedral de Nossa Senhora, em troca, Handel prometeu estudar Direito, mas com a morte de seu pai em 1697, Haendel decidiu do curso.


Aos onze anos já era um mestre no órgão, violino, cravo e outros instrumentos. Em 1703 foi morar em Hamburgo, na Alemanha onde escreveu e encenou sua primeira ópera, Almira (1705). No ano de 1714 tornara-se compositor da corte inglesa. No ano seguinte, aceitou um convite para ir à Itália, e teve suas obras apresentadas em Florença, Roma, Nápoles e Veneza.


Neste ambiente tornou-se famoso e conhecimento nos bastidores, conheceu a rivalidade e o mundo das grandes vedetes. Sempre atolado de trabalho, esgotado e cheio de preocupações, Handel sofre um ataque de apoplexia que imobilizou seu lado direito. Recuperado, retomou ritmo de trabalho e logo estava sobrecarregado novamente: óperas, concertos e publicações de obras o deixara exalto, além de estar beirando à falência.


Em 6 de abril de 1759, o compositor se apresentou pela última vez em público. No dia 11 de abril, o compositor confessa desejar morrer na Sexta Feira Santa. Mas morre no dia 14, Sábado da Ressurreição e é enterrado na Abadia de Westminstes onde descansa no Canto dos Poetas. De todas suas obras, o Messias, a mais famosa. Ele compôs esse Oratório em apenas três semanas. Apesar da rapidez, observa-se o vigor, criatividade e talento fora do comum, cujo fruto foi uma magnífica obra de arte. É o Oratório mais interpretado em nossos dias.



Influências


A música de Handel, grandiosa e triunfante, foi a maior realização do ideal barroco. Ele encarna a essência deste contexto, com a sua energia e impetuosidade. Uma das grandes contribuições do barroco à história da música Hanbeniana foi à ópera, música que apresenta um enredo de tema livre, encenado, servindo-se de solistas, coros e recitativos. Handel abordava aspectos da vida e, sobretudo, a missão de Cristo, como na obra “O Messias”.


A música de Handel costuma ser comparada e confundida com a do seu contemporâneo J.S.Bach. Ambos restabeleceram a ordem no caos resultante do experimentalismo do século XVIII e tiveram na fé luterana (em meio ao caos da contra-reforma) a motivação profunda para sua música religiosa, mas suas semelhanças param por ai. Enquanto J.S.Bach ficou restrito a um ambiente provinciano, Handel foi homem da grande sociedade de Londres.


Seu estilo


Algumas das primeiras composições de Handel foram de música litúrgica (músicas que podem ser utilizadas nas celebrações religiosas católicas), mas ele também compôs músicas para uso da Igreja anglicana. A mais importante de suas liturgias é o Te Deum Dettingen (1743).


Óperas - O jeito dramático que Handel encontrou na interpretação das óperas lhe parece ser sua a expressão ideal. A construção baseada numa seqüência de árias e recitativos e o uso de sopranos masculinos são marcantes. A mais célebre é a ária Ombra mai fu, da ópera Serse (1737).


Oratórios - Foi nesse estilo que Handel mais se identificou. Seus oratórios são baseados em cenas bíblicas em que ele utilizava das quatro vozes da harmonia em linhas melódicas distintas em contraponto da nova polifonia instrumental do Barroco.


Música vocal profana - A obra de Handel não apresenta divisão rígida entre o sacro e o profano, o compositor sempre alternou entre as duas tendências. Entre suas obras seculares, está Acis e Galatea e a mais impressionante, La Lucrezia.


Música instrumental - Na música orquestral se destacam as suítes festivas Música aquática (1717) e Concerto para fogos de artifício (1749). Os maiores exemplos da arte orquestral de Handel são os concertos que revelam em Handel um sucessor de Corelli e Vivaldi.


Ludwig Van Beethoven (1770 - 1827)

Beethoven tinha a arte no sangue. Descendia de artistas, pintores e escultores, foi o terceiro filho de sua mãe e o segundo de seu pai – teve sete irmãos, cinco dos quais morreram na infância. Seu pai, Johann, pretendia torna-lo maestro, mas era um homem fraco, inculto e rude, que terminou consumido pelo alcoolismoo.


Ludwig nunca teve estudos muito aprofundados, mas sempre revelou um talento brilhante para a música. Com apenas nove anos de idade foi confiado a Christian Gottlob Neefe que lhe deu a conhecer os grandes mestres alemães da música. Compôs as primeiras peças aos onze anos.



A CARREIRA

Em 1792, mudou-se para Viena. Durante os anos 1790, firma uma sólida reputação como pianista e compõe suas primeiras obras-primas: Três Sonatas para piano (1795), Concerto para Piano No.1 em Dó maior (1795), Sonata No.8 em Dó menor 13 Sonata Patética (1798), Seis Quartetos de cordas.18 (1800).


Os últimos anos do século XVIII parece ter sido a época mais feliz vida de Beethoven, o sucesso profissional, a proteção e lisonja dos poderosos, as influências e, talvez, o amor deram mais alegria a vida do músico. Apesar de várias mulheres terem passado por ele, a única realmente importante foi Giulietta Guicciardi, cujos 17 anos e encanto fútil conquistaram Viena, e a quem o compositor dedicou a sua Sonata ao luar.



A SURDEZ

Por volta de seus 24 anos (1794), Beethoven sentiu os primeiros sinais de surdez. Consultou vários médicos, se tratou, realizou balneoterapia, usou cornetas acústicas, mas não conteve o avanço da doença, para ele, ficar surdo significaria acabar com sua carreira e deixar de fazer o que mais amava. Desesperado, entrou em depressão, pensou até em suicidar-se.


Mas ao contrário do que muitos pensam a surdez não foi total, chegou até a compôr numerosas obras-primas musicais; Beethoven se superava e surpreeendia a todos, sua sensibilidade para a música era tão grande que a própria doença abriu caminho para uma nova arte, toda abstrata. A grandeza de Beethoven não foi abalada pela surdez, ao contrário, ele ganhou mais admiração e prestigio, mas sua vida é marcada pela luta contra a doença.



CONTRIBUIÇÕES

Beethoven fez música como nunca antes se houvera ouvido. A partir dele a música nunca mais foi a mesma. Suas composições eram criadas sem a preocupação em respeitar regras, apesar de sempre estar condicionado pelo equilíbrio, pelo amor à natureza e pelos grandes ideais humanitários. É considerado um poeta-músico, foi o primeiro romântico apaixonado pelo lirismo dramático e pela liberdade de expressão. Inaugurou a tradição de compositor livre, que escreve música para si, sem estar vinculado a um nobre. Hoje em dia muitos críticos o consideram como o maior compositor do século XIX, a quem se deve a inauguração do período Romântico.


De 1816 até 1827, ano da sua morte, ainda conseguiu compor cerca de 44 obras musicais. Entre elas estão a Nona Sinfonia, que é hoje sua obra mais popular, e a gloriosa Missa solene, obra de religiosidade livre de um grande individualista. Em 1824 inicia seus últimos quartetos: em mi bemol maior Op. 127, em lá menor Op. 132 (1825), em si bemol maior Op. 130 (1825), do qual foi separada a Fuga final Op. 133. Enfim, em 1826, o Quarteto em dó sustenido menor Op. 131, mais uma dessas obras gigantescas para o pequeno elenco de quatro instrumentos de cordas, e o comovente último Quarteto em fá maior Op. 135 (1826). São obras de inigualável aprofundeza artística além de grandes documentos humanos.

Frederic François Chopin (1810 - 1849)

Em 1º de março de 1810, em Zelazowa Wolam (Polônia), nascia Frederic François Chopin. Quem diria que o pequeno Fryderyk Franciszek, nascido num pedaço escondido da Polônia, tornaria-se o célebre Chopin, um dos maiores músicos da Paris do início do século XIX?


Quando jovem, Chopin compunha muito, o que chamou mais a atenção dos contemporâneos foi o conjunto das Variações sobre Là Ci Darem la Mano, op. 2, para piano e orquestra. O tema utilizado é o do dueto homônimo do Don Giovanni de Mozart, e não poderia ser diferente: Chopin gostava muito de ópera e mais ainda de Mozart. Robert Schumann, em seu primeiro artigo na Nova Gazeta Musical de Leipzig, faria enormes elogios à obra e proclamaria: "Tirem os chapéus, cavalheiros! Trata-se de um gênio!".


Levava uma vida sofisticada, conheceu músicos consagrados, como Rossini, Cherubini e outros. Vários desses encontros foram frutos de viagens. Em uma dessas passagens pela Europa, em 1835, encontrou Maria Wodzinska, que conhecera ainda criança em Varsóvia. Alguns dias juntos, e Chopin sentiu que os dois eram mais que amigos. Estava apaixonado. No ano seguinte, tornou a encontrá-la, e ficaram noivos.


Mas Chopin estava ficando doente. Começaram a aparecer as hemoptises (expectorações de sangue) típicas da tuberculose, e a saúde do compositor degradava-se visivelmente a cada dia. A tuberculose nascente foi o limite para que a família de Wodzinska, já não muito simpática a idéia, rompesse o noivado. Chopin não se conformou, e guardou todas as cartas que Maria e seus pais enviaram em um envelope, que ficaria famoso pela anotação que faria: Moja biéda (em polonês, "minha desgraça").


Em 1837, Chopin viria a conhecer aquela que seria sua companheira por quase dez anos: a escritora Aurore Dupin, mais conhecida pelo pseudônimo masculino que usava para assinar seus livros, George Sand. A princípio, Chopin não gostou nem um pouco dela: "Será mesmo uma mulher? Começo a duvidar", escreveu. Sand, além do nome, vestia-se e fumava charutos como um homem, e não era bonita. Era ela que estava interessada: fazia convites e mandava bilhetes para o músico.


Com a doença cada vez pior, a paixão existente entre os dois acabou tornando-se uma amizade carinhosa. Passaram mais sete anos juntos, até que, em 1846, Sand publicasse, em forma de folhetim, o romance Lucrezia Floriani.


O Romance conta a história de uma bela e pura donzela, cujo nome dá título à novela, que se apaixona por um príncipe - tuberculoso e sensível como Chopin. Mas o ciumes acaba levando o amor entre os dois à ruína. Todos os que conheceram Chopin perceberam a relação entre ele e o personagem.


Chopin engoliu a provocação, embora magoado. Ele e George Sand só haveriam de romper definitivamente um ano depois, por ocasião de uma intricada briga familiar. "Jamais amaldiçoei ninguém, mas neste momento tudo me é tão insuportável que eu me aliviaria se pudesse amaldiçoar Lucrezia", disse.


Mas a tuberculose piorava. Chopin suportou mal, novamente, o clima úmido de Londres, e voltou em estado precário para Paris. A irmã Luísa veio de Varsóvia para fazer-lhe companhia, até porque mal podia sair de sua cama. Na madrugada de 17 de outubro de 1849, faleceu Frédéric François Chopin. A seu pedido, seu coração foi enviado para Varsóvia, e o corpo, enterrado em Paris. Mas seu caixão foi coberto por terra polonesa.



ENTENDENDO SUA OBRA

Chopin dedicou toda sua obra ao piano, com exceção de uma ou duas peças para violoncelo, um trio de câmara e algumas canções. Assim, seu nome ficou imediatamente ligado ao do instrumento, de forma que é impossível fazer uma história da música para piano sem Chopin. Sua música é intensamente pessoal, pela extrema sensibilidade, pelo amor à sua Pátria. Foi mestre nas formas musicais breves. A música de Chopin é extremamente sedutora para os ouvintes comuns, em especial por causa de suas melodias peculiares, que criam imediatamente um ambiente de devaneio e encantamento.


Estruralmente, a obra de Chopin compreende basicamente as pequenas formas livres do início do século XIX: baladas, polonaises, mazurcas, valsas, fantasias, noturnos. Não tinha inclinação à forma-sonata: as sonatas que escreveu, principalmente as duas últimas (a segunda tem como terceiro movimento a famosa Marcha Fúnebre), são grandes renovações, e não foram bem recebidas pelos contemporâneos. Três grandes ciclos são considerados os pontos culminantes da produção chopiniana: as Baladas, os Estudos e os Prelúdios.



A MARCHA FÚNEBRE DE CHOPIN

A “Marcha Fúnebre” de Chopin é universalmente conhecida e bastante executada. O que pouca gente lembra ou sabe, é que ela faz parte da Sonata No. 2, em Si Menor , Opus 35, para Piano, e foi composta antes dos outros três movimentos dessa obra, em 1837.


O gênero “sonata” principalmente para piano, entrara em franco declínio a partir do movimento romântico que tomou conta da Europa musical a partir de meados do século XIX, e parecia esgotada em seus recursos quase sem atrativos. Chopin escreveu três sonatas afastando-se do modelo clássico a que alguns compositores obedeciam fielmente. A primeira que compôs em 1827, não demonstrou muito de especial, mas já se caracterizou pelos primeiros traços de um estilo que depois se destacaria. Já as outras duas, datadas de 1839 e 1845, revelavam seu amadurecimento artístico.

Johannes Brahms (1833 – 1897)

Johannes Brahms foi um compositor alemão, uma das figuras mais importantes do Romantismo musical europeu do século XIX. Teve toda sua vida ligada à música, seu pai era contrabaixista, um verdadeiro boêmio que ganhava a vida tocando em bares.


Quando adulto, Brahms ficou alguns anos perambulando entre as cidades da Alemanha, fixando-se em duas residências - a de Joachim em Hannover e a de Schumann em Düsseldorf. Levou vida de errante até 1856, com a trágica morte de Schumann. Foi quando conseguiu o emprego de mestre de capela do pequeno principado de Lippe-Detmold.


Em 1860, faz algo que muitos consideram como um erro: assina, junto com Joachim e outros dois músicos, um manifesto contra a chamada escola neo-alemã, de Liszt e Wagner, e sua "música do futuro".


Em 1872, foi convidado para dirigir a Sociedade dos Amigos da Música, a mais célebre instituição musical de Viena. Ficaria lá até 1875. Em 1876 acontece um fato marcante: estréia sua Primeira Sinfonia, ansiosamente aguardada. Foi um grande sucesso em que Brahms ficou marcado como sucessor de Beethoven.


Em 1890 decide parar de compor e até prepara um testamento. Mas não ficaria muito tempo longe da atividade; no ano seguinte, encontra-se com o clarinetista Richard Mülhfeld, e, encantado com o instrumento escreve inúmeras obras de câmara para clarinete. Sua última obra publicada foi o ciclo “Quatro Canções Sérias”, onde praticamente despede-se da vida. Ele deu a coletânea a si mesmo de presente no aniversário de 1896. Johannes Brahms viria a morrer um ano depois, em 3 de Abril de 1897.



OBRAS

Brahms era extremamente versil, dedicou-se a todas as formas, exceto ao balé e ópera, seu domínio era realmente a música pura, onde reinou absoluto em seu tempo. Pode-se dizer que Brahms ocupou o espaço deixado por Wagner, que se dedicava à ópera, e com ele dominou a música da segunda metade do século XIX.


Brahms hesitou muito antes de tentar escrever uma sinfonia. Preparou o terreno da arte orquestral com as variações sobre um tema de Haydn. Veio, depois, a Sinfonia n.º 1 em dó menor (1876), que Hans von Bülow considerava digna de ser chamada "a décima de Beethoven". Foi seguida pela Sinfonia n.º 2 em ré maior (1877) e Sinfonia n.º 3 em fá maior (1883). Grandes sinfonias em que se destaca um instrumento solista também são o Concerto para violino em ré maior Op. 77 (1878) e o Concerto para piano n.º 2 em si bemol maior (1881).


As músicas de câmara são de uma riqueza extraordinária. As Sonatas para piano e violino, de grande encanto melódico, isso já bastaria para desmentir a lenda do formalismo. Mais austeros são, porém, os trios e os quartetos e, sobretudo, os grandes Quinteto para cordas em fá maior (1882) e Quinteto para cordas em sol maior (1890).


Já sua obra ligada ao piano é muito diferente. Não escreveu mais sonatas, depois daquela Op. 5. Como o já dito, só voltou ao piano nos últimos anos de vida, com dois cadernos de Fantasias (1891-1892) e os Intermezzos (3) (1892), que são de um romantismo fantástico. O mesmo estado de alma também domina um dos movimentos do Quinteto para clarineta em si menor (1892), uma das maiores obras de Brahms. Mas só esse movimento, pois os outros pertencem à última fase do mestre, que é severamente bachiana. São desse estilo a Sinfonia n.º 4 em mi menor (1885), que termina com uma grandiosa ciaccona (ou passacaglia) e Quatro canções sérias (1896), sobre versículos bíblicos, de um pessimismo sombrio.



Estilo

É extremamente injusto dizer que não era original só por que sua obra é influenciada em Bach e Beethoven. Contemporâneo de Wagner, Brahms é um ortodoxo da música absolutista, mantendo-se dentro dos limites do desenvolvimento temático de Beethoven. Foi, por isso, chamado de formalista, cuja música seria incapaz de sugerir emoções mais fortes. É nesse sentido que Nietzsche e os críticos wagnerianos franceses condenaram sua arte.


O pessimismo de Brahms, menos filosófico, porém mais intransigente que o de Wagner, o folclorismo do mestre e o inconfundível fundo romântico de sua forma severa para comprovar a equivocada interpretação de sua arte como burguesa (fato que caracterizava a arte no período do romantismo). No entanto, depois da morte de Brahms, essa opinião prevaleceu.


Embora Brahms tem sido chamado de o " terceiro B" (comparando-o assim a Bach e Beethoven) sua personalidade artística tem sido das mais discutidas. Nos países latinos a muito custo sua música obteve aceitação, ao passo que na Alemãnha e Inglaterra, por exemplo, ela goza de indubitável prestígio.


Mas, nos últimos decênios, sua arte venceu. Brahms é hoje um dos compositores mais executado nos concertos, e isso no mundo inteiro. Esse fato é de grande importância: pois se trata de um caso de arte extremamente séria, sem concessões ao público, e já se disse que a popularidade (ou não) da música de Brahms é um índice da capacidade de sobrevivência da civilização.

Franz Joseph Haydn (Áustria, 31 de março de 1732 — Viena, 31 de maio de 1809)

Certamente foi um dos mais notórios compositores clássicos, primeiro nome da tríade "clássica", seguido por Mozart e Beethoven, veio de família de grandes músicos, era irmão do compositor Michael Haydn e do tenor Johann Evangelist Haydn. Viveu a maior parte de sua vida na Áustria, passou a maior parte de sua carreira ( trinta anos) como músico da corte para a rica família dos Esterházy. Ele ficou alojado numa velha cabana de caça à beira de um lago. Isolado de outros compositores, foi, segundo ele próprio, “forçado a ser original”. Esterháza era uma “réplica” do palácio de Luís XVI em Versalhes, só que muito mais extravagante.


Teve uma vida típica como a de vários compositores, chegou até a se casar com uma puta de luxo e entrou para a maçonaria. Mesmo sendo um homem de pouca instrução, Haydn foi o maior influenciador do estilo da época, de rara inteligência musical. Aproveitou o entusiasmo musical que habitava na eterna Viena, ou seja, o folclore musical alemão, tcheco, húngaro, italiano, croata e romeno, os quais fizeram parte de sua bagagem cultural. Nota-se também a influência de Mozart na segunda fase da sua produção musical e seus quartetos constituem um mundo da música, completo e autônomo, como as cantatas de Bach.


Iniciou sua carreira tocando violino em pequenas bandas onde não havia piano ou cravo (ou seja, sem baixo-contínuo) e nenhum dos músicos desempenhava o papel de solista-virtuose. O que valia era o conjunto. Essa independência das cordas em relação ao baixo-contínuo, assim como a importância dada ao conjunto instrumental, fez com que a música barroca chegasse ao fim.


Haydn elaborou uma nova polifonia instrumental com a finalidade de dar coesão ao quarteto e à sinfonia. O princípio de construção será a forma-sonata de Carl Philipp Emanuel Bach que, aperfeiçoada por Haydn, tornou-se a base do classicismo vienense. Usando só os instrumentos, Haydn fala o idioma da música sacra italiana da época em que viveu.


Sua música sacra é bonita mas sem muita relação com o texto litúrgico. Ela teve grande repercussão, não apenas na Europa como também na América do Sul. No Brasil, por exemplo, a música mineira barroca segue o estilo da música sacra italiana de Haydn.


IMPORTÂNCIA

Haydn é o iniciador de uma nova fase na história da música. Sua experiência em conjuntos ambulantes de ruas levou-o a perceber a importância do conjunto instrumental de cordas tanto que foi com a sua obra se desenvolveu uma nova variação instrumental, sem o apoio harmônico do baixo contínuo.


OBRA

A produção de Haydn foi imensa, abrangendo cerca de meio século de atividade. É considerado o pai da sinfonia clássica e do quarteto de cordas. Embora tenha sido compositor essencialmente instrumental, escreveu também algumas músicas de câmara, óperas e concertos, que hoje não são tão conhecidas. Sua produção compreende todos os gêneros instrumentais e vocais, sacros e profanos. Haydn se propôs em aperfeiçoar uma nova linguagem musical e o enriquecimento da música instrumental através de um idioma universal falado por todos os músicos modernos, e não só pelos clássicos vienenses.

Pyotr ilyich Tchaikovsky (7 de maio de 1840 - são Petersburgo, 6 de novembro de 1893)
Pyotr ilyich Tchaikovsky (7 de maio de 1840 - são Petersburgo, 6 de novembro de 1893)


Tchaikovsky foi um compositor romântico russo. Embora não faça parte do chamado Grupo dos Cinco (Mussorgsky, César Cui, Rimsky-Korsakov, Balakirev e Borodin) de compositores nacionalistas daquele país, sua música se tornou conhecida e admirada por seu carácter distintamente russo - foi certamente um dos maiores representantes da música erudita russa - bem como por suas ricas harmonias e vivas melodias.


Suas obras, no entanto, foram muito mais ocidentalizadas do que aquelas de seus compatriotas, uma vez que ele utilizava elementos internacionais ao lado de melodias populares nacionalistas russas. Tchaikovsky, assim como Mozart, é um dos poucos compositores aclamados que se sentia confortável escrevendo óperas, sinfonias, concertos e obras para piano.


Piotr Ilich Tchaikovsky nasceu em Maio de 1840, na cidade de Kamsko-Votkinsk, na Rússia, filho de um engenheiro de minas ucraniano chamado Ilya com sua segunda esposa, Alexandra, de ascendência francesa.


Desde muito jovem Tchaikovsky interessou-se por música. Já aos cinco anos com um velho órgão mecânico que havia em sua casa, onde aprendeu algumas árias da moda ajudado por sua mãe.


Mas em 1850 os desejos da família eram que fosse advogado. Foi para a Escola de Direito de São Petersburgo onde cursou até 1859, mostrando-se um estudante muito aplicado, e antes mesmo de se formar foi empregado como funcionário do Ministério da Justiça.


Em 1863, alguns anos após a morte de sua mãe, Tchaikovsky decide dedicar-se inteiramente a carreira musical. Opondo-se totalmente às expectativas da família, abdica da carreira jurídica e se matricula no Conservatório de São Petersburgo. É no Conservatório que Tchaikovsky tem contato com as obras dos grandes mestres alemães, bem como com composições de Glinka, Meyerbeer, Schumann e Liszt. Foi aluno de Anton Rubinstein em orquestração, e de Nikolai Zaremba em composição.


Em 1868 trava contato com o Grupo dos Cinco, movimento nacionalista russo que compatilhava do ideal de criar uma música fundada sobre o folclore nacional, contra a tutela e influência das escolas francesa e italiana. O grupo era formado pelos compositores Mily Balakirev, César Cui, Modest Mussorgski, Aleksandr Borodin e Nikolai Rimsky-Korsakov.


O mecenato guardou Tchaikovsky de dificuldades financeiras durante esse tempo, (A Sinfonia nº4 em Fá Menor, opus 36, é dedicada a baronesa) Nesse mesmo de 1876 recebe o encargo de coreógrafo do Teatro Bolshoi de Moscou, onde nasce o ballet O Lago dos Cisnes. O dinheiro que recebia como mecenas da baronesa von Meck possibilitava Tchaikovsky dedicar-se exclusivamente a composição, então em 1878 deixa sua cátedra no Conservatório de Moscou.



A grande polêmica de sua vida de dá em 1876 em carta ao seu irmão, confessa estar atormentado por tendência homossexuais desde a juventude, e que faria tudo o que fosse possível para se casar e afastar todos os rumores que o incomodavam.


Em outubro de 1893, sua saúde se agrava profundamente. E no dia 6 de Novembro de 1893 Tchaikovsky morre, em São Petersburgo.


Tchaikovsky talvez seja mais conhecidos por seus bailados, no entanto foi apenas no fim de sua carreira, com seus dois últimos balés, que seus contemporâneos passaram a apreciar suas qualidades como autor desse gênero.


PRINCIPAIS OBRAS


• (1875–1876): O Lago dos Cisnes, Op. 20. O primeiro balé de Tchaikovsky foi encenado pela primeira vez (com algumas omissões) no Teatro Bolshoi em Moscou em 1877.


• (1888–1889): A Bela Adormecida, Op. 66. Considerado um dos melhores trabalhos de Tchaikovsky. Encenado pela primeira vez em 1890 no Teatro Mariinsky em São Petersburgo.


• (1891–1892): O Quebra Nozes, Op. 71. Tchaikovsky não ficou muito satisfeito com esta obra, seu último balé.


No entanto Tchaikovsky concentrou seus esforços naquela que hoje nós conhecemos como a Sexta Sinfonia, um trabalho totalmente diferente (a Patética). Após a morte de Tchaikovsky o compositor Sergei Taneyev trabalhou a sinfonia abandonada, adicionou uma parte em piano, e a lançou como o "Terceiro Concerto para Piano de Tchaikovsky".



* (1880): Abertura 1812, Op. 49. Tchaikovsky escreveu esta peça para comemorar a vitória russa sobre Napoleão nas Guerras Napoleônicas. Ela é conhecida pelos temas de música russa tradicional (como o velho Hino Nacional Tsarista) assim como pelo triunfante e bombástico final, com 16 tiros de canhão e o coro de sinos.

Ígor Fiódorovitch Stravinski (17 de junho de 1882 – 6 de abril de 1971)

Foi um compositor russo, um dos mais influentes nomes da música do século XX, até os americanos tiveram que se curvar ao seu talento, considerado pela Time como uma das cem pessoas mais influentes do século. Sua carreira como compositor foi notável por sua diversidade.

Filho de um cantor da ópera imperial de São Petersburgo, aos vinte anos estudou com o compositor Rimsky-Korsakov. Em 1906, casou-se com Catherine Nossenko. Tiveram quatro filhos. Em 1910, compôs Pássaro de Fogo – o primeiro de uma série encomendada pelo Balé Russo, e obteve imediato sucesso. A partir de então, outras obras para balé lhe seriam encomendadas. Mas foi com a célebre A Sagração da Primavera (1913) que reconheceriam seu brilhantismo e seu nome entraria para a história da música universal.

Sua música foi notada pela sua discrepância musical quando comparado com outros de seu tempo sua da obra causou estranhamento devido às dissonâncias, à assimetria e alternância de ritmos e quebras na música. Posteriormente.

Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914—1918), mudou-se para a Suíça. Em 1920, instalou-se em Paris e entrou num período denominado neo-classicismo, no qual compôs um tipo de música baseado nos estilos e formas de Haydn e Mozart. Na década de 1930, em menos de dois anos, perdeu a filha mais nova e a esposa, ambas vítimas de tuberculose. Pouco tempo depois, perdeu também a mãe.

Desgostoso da vida, buscou novos ares. Com o início da Segunda Guerra Mundial, Stravinski foi morar nos Estados Unidos. Antes, casou-se com Vera Sudeikina, sua amante havia vários anos. Desembarcou no país em setembro de 1939 e tornou-se cidadão norte-americano em 1945.

Parecia ser o mais nacionalista dos músicos russos, embora armado de todos os recursos de um radical modernismo musical, ainda mais considerando o contexto em que viveu entre mundo rivalizado entre Estados Unidos e URSS Stravinky fez adeptos e cultuadores de sua música não importando o espaço geográfico que estivesse

Em 1963, em meio a guerra fria, resolveu visitar sua pátria, quase meio século depois que partiu. Foi recebido com carinho pelos fás e homenageado e acolhido pelo governo soviético pela contribuição e influência das canções folclóricas, primitivismo, jazz, Música classicista, bitonalidade, atonalidade e serialismo.

O compositor esteve na ativa até os oitenta anos. Stravinsky morreu em Nova Iorque, a 6 de abril de 1971 aos 89 anos.


PALAVRAS DO MESTRE


É tão difícil de expressar o que é a música de Stravinsky, suas composições que palavras, por mais que sintetizem com precisão sua obra, ainda sim seriam vagas demais. Somente ele poderia expressar o que era o seu som “Minha sinfonia tinha que ser uma obra de grande desenvolvimento contrapontístico e, para isso, precisava ampliar os recursos a minha disposição. Projetei um conjunto oral e instrumental em que ambos possuíssem a mesma categoria, sem predomínio de nenhum deles. Assim, meu ponto de vista coincidia com o dos antigos mestres da musica contrapontística... Quanto ao texto, buscava-o entre os que foram criados especialmente para ser cantados e, naturalmente, a primeira idéia que tive foi recorres ao saltério.” Assim relata Stravinsky, como foi a concepção da Sinfonia dos Salmos.

Algumas obras da primeira fase (bailados):

L’Oiseau de Feu (O Pássaro de Fogo, 1910);

Petrushka (1911);

Le Sacre du Printemps (A Sagração da Primavera, 1913);


Algumas obras da segunda fase:

Oedipus Rex (1927), oratório;

Sinfonia dos Salmos (1930), cantata;

The Rake's Progress (A Carreira do Devasso, 1951), ópera;


Algumas obras da terceira fase:

Movimentos (1959)

Variações (1960)

Wilhelm Richard Wagner (maio de 1813 — fevereiro de 1883)

Se tivéssemos uma verdadeira vida não teríamos necessidade de arte. A arte começa precisamente onde cessa a vida real, onde não há mais nada à nossa frente. Será que a arte não é mais do que uma confissão da nossa impotência?


A frase acima é do músico Richard Wagner, um grande compositor, maestro, teórico musical, ativista político, ensaista e poeta alemão, é claro. Foi um dos expoentes do romantismo e um dos mais influentes compositores de música erudita já surgidos.


Wagner expandiu e enriqueceu as possibilidades da orquestra sinfônica, chegando até a inventar um novo instrumento, a trompa wagneriana. Como compositor de óperas, criou um novo estilo, grandioso, cuja influência sobre a música da época e posterior foi forte. Polêmico ao extremo, angariou ao longo da vida inúmeros desafetos, fato que dificultou seu reconhecimento e sucesso.


Wagner se preocupava com todos os detalhes, em todas as fases da criação de uma obra de arte ou drama musical: desde a elaboração literária do texto inicial, sua transformação num poema, composição musical, orquestração, até cada detalhe da encenação. O Anel do Nibelungo, por exemplo, a primeira das óperas, O Ouro do Reno, começa com um mergulho naquele rio, onde encontramos as míticas filhas do Reno a nadar alegremente na correnteza. Para criar a impressão de que elas estão realmente nadando, era necessária a criação de máquinas especiais. Wagner supervisionou pessoalmente a criação dessas máquinas, assim como todos os outros detalhes da encenação, ou seja sua obseção musical fez com que ele participasse de todos os processos de uma obra.


Uma outra inovação introduzida por Wagner: em Bayreuth não se vê a orquestra nem o regente, concentrando-se a atenção do público exclusivamente no que se passa sobre o palco. No entanto, alguns criticam esse procedimento, alegando que o som da orquestra sai abafado e perde um pouco da sua potência.


Ao longo de sua vida Wagner viu seu destino caminhar paralelamente com a música. Dirigiu concertos da Filarmônica de Londres em 1855 e viveu em Zurique até 1858 sempre fazendo o que mais gostava. Wagner acreditava na criação de uma música nacional que, baseada nos mitos de origem do povo alemão e na criação da identidade coletiva, que fosse capaz de educar e formar um novo homem, uma nova sociedade. Infelizmente ele se declarava abertente anti-semita, denunciou a "judaização" da arte moderna, conclamando por uma "guerra de libertação". Talvez por isso tenha sido o compositor preferido de Hitler.


Foi influenciado pela filosofia de Schopenhauer, escreveu "Tristão e Isolda"(1857-59), inspirado no seu perdido amor por Mathilde Wesendonk, que causou sua separação de sua esposa Minna. Devido a esse caso amoroso, trocou Zurique por Veneza.


Em 1859 foi a Paris, e, em 1861, anistiado, retornou à Alemanha e depois viajou para Viena, onde desenvolveu seu trabalho como compositor até 1864, quando teve de fugir para não ser preso, devido a débitos financeiros.


Chegou sem um centavo em Stuttgart e quem o ajudou foi Ludwig 2o, o jovem rei da Bavária, seu grande admirador, que o chamou para viver em Munique. Wagner estava com 51 anos e pelos seis anos seguintes apresentou, com sucesso, suas óperas na capital da Bavária. Porém, novamente ficou endividado, além de tentar imiscuir-se na política do reino e de se tornar amante de uma filha casada de Liszt, que lhe deu três filhos, mesmo antes de se divorciar e casar-se com ele em 1870. O rei decidiu alojá-lo em Triebschen, no lago de Lucerna.


Wagner permaneceu em Bayreuth, salvo viagens para concertos em Londres e na Itália. Durante esses anos ele compôs seu último trabalho, o drama "Parsifal", iniciado em 1877 e apresentado em 1882, nesse momento ele estavabastante inspirado, chegou a ditar para a esposa sua autobiografia e morreu em Veneza.


ANALISANDO SUA OBRA

Quando se estuda as obras de Wagner percebe-se que elas oferecem uma produção moderna que exige uma equipe completa, com um diretor e cênicas fantasias e designers. Suas peças podem instigar a imaginação e apresentar sua interpretação pessoal do trabalho do compositor para diversos públicos.


É leviano supor que a Música não seja capaz de transmitir idéias, sensações e emoções. A Música, como todas as artes, expressa uma áura através de símbolos.


O Romantismo foi um movimento de fundo gnóstico. Todos os especialistas mais importantes no Romantismo concordam com essa afirmação. Richard Wagner foi um esotérico e representante do romântismo cultuador do paganismo germânico. Ele foi ligado à Thulle Geselschft. Vários especialistas em estudos wagnerianos apontam que suas obras eram manifestações do paganismo germânico e germanista, tanto que era intenção dele criar uma música nacionalista que cantasse as glórias de seu país. Desse modofica claro compreender que o wagnerismo foi anticristão tanto quanto o Nazismo.

Giuseppe Verdi (1813-1901)

Giuseppe Fortunino Francesco Verdi, 10 de outubro de 1813 — Milão, 27 de janeiro de 1901) foi um compositor de óperas do período romântico italiano, sendo o maior compositor nacionalista da Itália, ao lado Richard Wagner que reinava na Alemanha


De família humilde, aprendeu a ler e escrever com um padre da cidade, quando tinha quase dez anos de idade. Seu pai, estalajadeiro de aldeia, percebendo a vocação musical de seu filho, mandou o menino estudar órgão, com o velho Pietro Baistrocchi, organista da igreja local. Aos doze anos passou a estudar música em Busseto, sede do município, financiado pelo comerciante Antonio Barezzi. Quando completou 18 anos foi ao Conservatório de Milão, mas foi reprovado por ser maior de catorze anos. Depois disso, foi atrás de um professor particular e prosseguiu seus estudos por três anos.


Em novembro de 1839, Verdi escrevia a ópera Oberto, Conte di San Bonifacio, que foi estreada no Teatro alla Scala. Pouco depois, em 1840, morriam seus dois filhos e sua esposa, de apenas 27 anos e a sua segunda ópera, Un Giorno di Regno, que fracassou. Verdi disse que nunca mais comporia, após o incidente.


Bartolomeo Morelli, diretor do Teatro Alla Scala, não aceitou a decisão do compositor e pediu-lhe que estudasse outra peça de teatro, Nabucco, ficou tão entusiasmado com esse sucesso, que encomendou a Verdi uma série de óperas, que o compositor devia entregar de oito em oito meses. Mas o compositor passava por momentos difíceis em sua vida pessoal. Pouco antes acabara de perder toda sua família, esse foi um momento de virada na vida do compositor, por sua superação e retomada à vida musical sofreu repercussão devido à fatalidade de sua perda. A soprano Giuseppina, que o consolou nas desventuras, foi também a segunda esposa. Ela muito contribuiria para o sucesso de Verdi, inspirando e incentivando a compor.


Completamente recuperado da perda e novamente feliz amorosamente, Verdi entregava uma ópera escrita em cima do libretto. Nabucco é uma ópera que falava a respeito da dominação dos hebreus por Nabucodonosor e isso se identificava com o sentimento do povo italiano, sob a repressão dos austríacos e franceses.


Verdi continuou a escrever brilhantemente óperas, tornando-se mundialmente conhecido. Surgiam as óperas Ernani, Rigoletto, Don Carlo, Un ballo in maschera, Il trovatore. Consagrado como um grande artista politizado e amado pelo seu povo, Verdi passou à outra etapa de sua de sua criação: adaptar obras e personagens com base em textos de William Shakespeare e Victor Hugo. Foi convidado a representar seu país na Grande Exposição Internacional de Londres, em 1862, o compositor deu asas à sua militância política. Escreveu uma cantata exaltando a fraternidade universal e demonstrando que só a união entre os países colocaria fim à opressão dos desprotegidos pelos poderes maiores. Aos sucessos internacionais correspondia a glória nacional; a música de Verdi acompanhou a transformação na península italiana em Estado independente, livre e unitário.


Em 19 de janeiro de 1901 sofre uma trombose e acaba falecendo no dia 27 do mesmo mês, em Milão, causando imensa comoção em toda a Itália e deixando o legado de uma obra que até hoje se perpetua. Atendendo seus desejos, seu túmulo foi colocado na Casa di Reposo Giuseppe Verdi mantida até hoje com recursos de parte dos direitos autorais do compositor.



O AUTOR E SUA OBRA


Houve uma das óperas La Traviata ( A transviada em português) que fracassou, apesar de hoje ser uma das óperas mais encenadas no mundo todo. É uma ópera em quatro cenas (três ou quatro atos) com libreto de Francesco Maria Piave. Foi baseada no romance A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho. A Ópera "La Traviata" ajuda a conhecer sociedade urbana do século 19. Foi baseada na história real da prostituta Marie Duplessis, uma das musas da alta sociedade parisiense na década de 1840. O próprio Dumas Filho foi seu amante e passou com ela um verão numa das residências do seu pai, o consagrado escritor Alexandre Dumas, autor de "Os Três Mosqueteiros", até hoje o mais conhecido romance de capa e espada.


Entre todas as suas obras, Rigoletto (1851), O trovador (1853) e La Traviata (1853) foram os maiores sucessos de Verdi e são até hoje obras muito representadas no mundo inteiro, a verdadeira base do repertório. A crítica reagiu contra essa extraordinária popularidade, considerando as três obras como vulgares, inspiradas por falso romantismo.

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